Água é a substância mais importante para os seres vivos. Fundamental para a formação, manutenção e desenvolvimento dos animais. É importante para os processos digestivos, transporte de nutrientes, eliminação de toxinas, regulação térmica, dentre outros.
A quantidade de água consumida por um indivíduo é influenciada por fatores como estado de crescimento, atividade, dieta e temperatura ambiental, portanto, água deve estar permanentemente disponível.
Quando falamos de manejo de Calopsitas criadas como animais de estimação, precisamos ter alguns cuidados:
Em se tratando da qualidade devemos observar que água de torneira, quando tratada, pode conter elevados níveis de Cloro, se não for tratada pode carregar patógenos e outros contaminantes. Opte sempre por água filtrada ou mineral.
Quanto à disponibilidade devemos ficar atentos ao tipo de bebedouro utilizado. Bebedouros tubulares possuem uma coluna de acrílico que armazena água, entretanto esta mesma estrutura de armazenamento favorece a convergência dos raios solares e o aquecimento da água, tornando-a menos palatável. Por ser pequeno e estreito orifício de acesso à água, geralmente de plástico, não favorece o comportamento natural dos psitacídeos para beber. Bebedouros de plástico em geral são indesejados, pois favorecem a formação de limo, arranham com facilidade durante a limpeza e são fequentemente bicados pelas aves, portanto, potencialmente tóxicos à saúde. Todo este desgaste serve como acúmulo para matéria orgânica, formação de fungos e bactérias, assim, possuem uma vida útil muito curta e devem ser trocados ao primeiro sinal de desgaste. Por serem de plástico e frequentemente bicados, fragmentos podem ser ingeridos ocasionando um problema de saúde ainda maior. Problemas semelhantes ocorrem nos bebedouros de alumínio.
A porcelana é o material mais aconselhado. Sua baixa condutibilidade térmica permite que a água permaneça em uma temperatura agradável por mais tempo. Sua alta resistência o torna duradouro, sua superfície lisa facilita a limpeza e desinfecção, além do seu peso não favorecer o tombamento o que possibilita que seja suspenso no viveiro com os mais diversos tipos de suporte.
Não utilize bebedouros de vidro, pois este material quando quebra deixa pontas afiadas e extremamente cortantes, podendo ferir você ou sua ave.
Lembre-se que um bebedouro sujo contamina a água limpa. Lave-o com bucha e detergente neutro ao menos uma vez por dia e se sua calopsita defecar dentro da água lave-o e troque a água imediatamente. Prefira bebedouros que possam ser suspensos por suportes, pois os que ficam no fundo do viveiro sujam com mais facilidade.
Se sua Calopsita defeca dentro do bebedouro com freqüência é sinal de que algo está errado na disposição dos seus acessórios. Verifique que não há um poleiro diretamente acima do bebedouro ou se ela não está utilizando este como poleiro. No segundo caso, pode ser necessário inserir um poleiro de apoio para este bebedouro ou modificar a altura relativa deste ao poleiro mais próximo de modo a não favorecer o empoleiramento da ave.
Lembre-se que, água em quantidade insuficiente, por reduzida disponibilidade ou má qualidade, afetará o consumo alimentar, prejudicando o desenvolvimento e deixando suas aves menos ativas e mais suscetíveis a doenças. Portanto, a quantidade e qualidade da água são essenciais para a manutenção da vida e da saúde.
Quer introduzir Ração Extrusada e Alimentos Naturais na dieta da sua ave? Escrevi dois artigos que irão te ajudar: “Calopsita não come Ração Extrusada – E agora?” e “5 dicas para sua Calopsita aceitar Alimentos Naturais”. Com essas dicas e passo a passo espero te ajudar a aprimorar a alimentação e saúde do seu Pet.
